10.1.11

Equipa de hoje: Team Sky

Plantel:

Davide Appollonio (ITA), Kurt Asle Arvesen (NOR), John Lee Augustyn (AFS), Michael Barry (CAN), Edvald Boasson Hagen (NOR), Kjell Carlstrom (FIN), Dario Cioni (ITA), Stephen Cummings (GBR), Russell Downing (GBR), Alex Dowsett (GBR), Juan Antonio Flecha (ESP), Chris Froome (GBR), Simons Gerrans (AUS), Matthew Hayman (AUS), Jeremy Hunt (GBR), Peter Kennaugh (GBR), Christian Knees (ALE), Thomas Lovkvist (SUE), Lars Petter Nordhaug (NOR), Serge Pauwels (BEL), Michael Rogers (AUS), Ian Stannard (GBR), Ben Swift (GBR), Geraint Thomas (GBR), Rigoberto
Uran (COL), Bradley Wiggins (GBR) e Xavier Zandio (ESP).



No futuro estarão nas primeiras posições em...

Provas por etapas – John Lee Augustyn, Rigoberto Uran

Montanha – John Lee Augustyn, Rigoberto Uran

Contra-relógios – Edvald Boasson Hagen, Alex Dowsett, Ian Stannard, Geraint Thomas

Sprints – Edvald Boasson Hagen, Ben Swift

Clássicas da Primavera – Edvald Boasson Hagen, Ian Stannard

Clássicas das colinas – Davide Appollonio, Peter Kennaugh



Que balanço existe a fazer da temporada de estreia?

Foi uma temporada mediana face às expetativas e objetivos que se criaram à volta da equipa em que os ciclistas não conseguiram atingir esses mesmos propósitos. Ainda assim, tiveram muitas vitórias, comparando com outras equipas que já estão há mais tempo no pelotão profissional. Ao todo, foram 22 vitórias mas a maior parte delas foram conquistadas em provas secundárias, ainda que possam ter bons prémios monetários. Tiveram um inicio de época forte mas foram perdendo gás. Tiveram muitas vitórias conseguidas através dos "sprinters" sendo que as mais relevantes foram conquistadas por ciclistas que são tudo menos "sprinters": Juan Antonio Flecha venceu a Het Nieuwsblad, clássica que abre a temporada belga e Bradley Wiggins vestiu a primeira camisola rosa ao vencer o prólogo do Giro. Dois comportamentos distintos nas clássicas. Enquanto nas clássicas do norte estiveram em grande destaque com Flecha, Boasson Hagen, Hayman e Barry, nas clássicas de colinas, Gerrans, Lovkvist ou Thomas não estiveram ao seu melhor nivel para ter os melhores resultados nesse tipo de prova. Nas grandes voltas conseguiram vencer uma única vez, como já foi referido, e conseguiram ficar entre os 20 primeiros no Giro e Tour, com David Cioni e Thomas Lovkvist, respectivamente. Na Vuelta, toda a equipa abandonou face ao falecimento do massagista, Txema Gonzalez.

Edvald Boasson Hagen será flecha apontada para as clássicas do norte
A equipa continua com os seus elementos fulcrais nas clássicas que são Boasson Hagen e Flecha. O espanhol venceu uma das clássicas mais importantes do ano mas nas restantes onde teria que estar em evidência não conseguiu estar da melhor forma, à excepção do Paris-Roubaix onde conseguiu ficar no pódio. O norueguês esteve, ainda, mais discreto. Esperava-se que em algumas das clássicas preparatórias conseguisse vencer, além de que poderia ser o lider da equipa no Paris-Roubaix, sobretudo, onde poderia conseguir um resultado junto dos primeiros. Este ano, a questão que se põe é quem poderá ser o lider da equipa nas clássicas. Penso que o espanhol Juan Antonio Flecha será o lider da equipa porque tem experiência e um currículo impressionantes neste tipo de clássicas e será para ele que a equipa vai trabalhar. Ainda assim, se tiver mais descanso antes das clássicas do norte pode ser que consiga melhores resultados do que no ano passado, além de que na Amstel Gold Race pode conseguir estar a discutir as primeiras posições. Mas será mais dificil para o norueguês estar presente nessa prova do que nas anteriores, onde terá lugar garantido.

Até que ponto, Bradley Wiggins será uma boa aposta para a geral de um Tour?
Só se põe esta questão porque no ano passado falhou rotundamente o objectivo pelo qual foi contratado pela Sky. Marcar presença nos 5 primeiros na geral do Tour era o seu objectivo mas não conseguiu atingir essa meta. Não teve uma boa prestação, sendo que terminou no 24º posto da geral, sem demonstrar capacidade de estar com os melhores na montanha, terreno onde ainda tem que progredir. Depois do surpreendente 4º lugar na Volta a França de 2009, mostrou que esse resultado foi o único resultado de grande nivel que teve numa prova por etapas. No contra-relógio continua a ser dos melhores ciclistas do mundo, sendo que quanto mais curto, melhor. Mas a montanha é o seu ponto fraco e é onde tem que melhorar para que consiga ter resultados mais consistentes. Será o lider na prova francesa e a equipa procedeu à contratação de alguns ciclistas que podem ajudar o britânico como, por exemplo, Michael Rogers, Xavier Zandio e Rigoberto Uran. É de acreditar que o colombiano possa ser o lider nas outras duas grandes voltas, em detrimento do trabalho de equipa para Wiggins. Ainda assim, penso que o jovem ciclista seria melhor aposta do que Wiggins para o Tour porque apresenta as melhores caracteristicas para uma volta por etapas, só que falta resultados mais convincentes ao colombiano para que seja a aposta para um Tour. Enquanto Wiggins conseguiu estar entre os primeiros por uma vez e sendo um "homem da casa" assume maior importância dentro da equipa e o próprio director, Dave Brailsford fez tudo para que viesse para a equipa, pelo que não será este mau resultado no último ano que fala mudar de ideias o director e, por isso, Wiggins marcará presença no Tour com o dorsal 1 da equipa.

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