9.1.11

Equipa de hoje: Radio Shack

Plantel:

Lance Armstrong (EUA), Sam Bewley (NZL), Janez Brajkovic (ESL), Matthew Bussche (EUA), Manuel Cardoso (POR), Philip Deignan (IRL), Ben Hermans (BEL), Chris Horner (EUA), Markel Irizar (ESP), Benjamin King (EUA), Andreas Kloden (ALE), Michal Kwiatkowski (POL), Levi Leipheimer (EUA), Geoffroy Lequatre (FRA), Tiago Machado (POR), Jason McCartney (EUA), Dmitriy Muravyev (CAS), Nelson Oliveira (POR), Sergio Paulinho (POR), Yaroslav Popovych (UCR), Gregory Rast (SUI), Sebastien Rosseler (BEL), Ivan Rovny (RUS), Bjorn Selander (EUA), Jesse Sergent (NZL), Gert Steegmans (BEL) e Haimar Zubeldia (ESP).



No futuro estarão nas primeiras posições em...

Provas por etapas – Ben Hermans, Nelson Oliveira, Bjorn Selander

Montanha – Bjorn Selander

Contra-relógios – Sam Bewley, Michal Kwiatkowski, Nelson Oliveira, Ivan Rovny, Bjorn Selander, Jesse Sergent

Sprints

Clássicas da Primavera – Benjamin King, Michal Kwiatkowski, Ivan Rovny

Clássicas das colinas – Ben Hermans, Benjamin King



Império Português numa equipa americana

É a equipa mais portuguesa do pelotão internacional. Tem ciclistas, directores desportivos e mecânicos de Portugal e só demonstra que não é pela falta de qualidade que mais portugueses não se encontram no pelotão internacional mas por outros factores, sobretudo, económicos. Vencedor de uma etapa no Tour do ano passado, Sérgio Paulinho mantém-se na equipa, assim como Tiago Machado que teve uma excelente época de estreia no pelotão internacional com 6 presenças nos 10 primeiros de provas por etapas em 6 países diferentes. Este ano, vai participar pela primeira vez numa grande volta e terá oportunidade de confirmar os atributos pelos quais foi contratado pela equipa. Nelson Oliveira e Manuel Cardoso reforçam a equipa para dois terrenos distintos. Nelson Oliveira é um ciclista de qualidade no contra-relógio e, que depois de marcar presença na equipa da Xacobeo-Galicia no ano passado, tem a possibilidade de fazer alguma das grandes voltas, nomeadamente a Vuelta. Manuel Cardoso vem para a equipa para que seja uma aposta nos "sprints" e, na qual, não terá tanto protagonismo como na Footon-Servetto, mas poderá ter resultados melhores em perspectiva. José Azevedo, como director desportivo e Francisco Carvalho, como mecânico, completam o elenco português.


Mudar pouco para que tudo se mantenha igual?


A equipa teve apenas 12 vitórias na época inicial e, por esse motivo, poderiam existir mais alterações na estrutura para que se pudesse garantir um maior número de vitórias e, por consequência, visibilidade aos patrocinadores. Mas não foi o que se verificou. O que só demonstra que confiam muito nos actuais elementos que compõem, até porque dos ciclistas que foram contratados, Manuel Cardoso será o ciclista que poderá assegurar vitórias no imediato, porque todas as outras contratações são de ciclistas jovens, com Nelson Oliveira, Benjamin King e Michal Kwiatkowski. Philip Deignan virá para ajudar os lideres nas provas por etapas e, sobretudo, quando chegar à montanha. A estrutura base da equipa é experiente, pelo que não são ciclistas que na fase inicial da época possam atingir o pico de forma mas que nas provas por etapas a partir do mês de Abril, já poderão conseguir algumas vitórias e resultados nos primeiros da geral. Mas não creio que possa alterar muito no número de vitórias atingidas no final da época, em comparação com a época transacta. Têm ciclistas de grande valia e de grande qualidade mas não têm a cultura de vitória necessária para que atinjam um maior número de vitórias.



Janez Brajkovic será o homem certo para ser lider no Tour?


Aos 27 anos, Brajkovic será o lider da equipa para o Tour, apesar de na equipa existir vários ciclistas que já foram lideres das equipas onde se encontravam, entre os quais, Lance Armstrong. Mas até que ponto é que será uma opção acertada visto que o esloveno é um ciclista completo mas que não dispõe de muitas referências nas grandes voltas. Johan Bruyneel aponta-o como o lider depois da prestação do ciclista no Dauphine Libere do ano passado, que venceu no ano passado mostrando categoria e um desempenho enorme no contra-relógio longo da prova. Ainda assim, uma prova que tenha 8 etapas não é a mesma que tenha 21. Uma equipa que tem Armstrong, Leipheimer, Kloden, Horner, Zubeldia e Popovych dispõe de ciclistas experimentados e capazes de conseguir resultados de nivel no Tour mas a idade avançada de alguns destes ciclistas pode condicionar a opção do director desportivo em escolher Brajkovic para liderar a equipa. Com menos de 30 anos e com capacidade de estar nas posições de provas por etapas, só mesmo Janez Brajkovic, Tiago Machado ou Ben Hermans. Além disso, convém referir que o objetivo para o Tour tem de ser redefinido para o esloveno e um lugar nos 15 primeiros será um excelente lugar.

Sem comentários:

Enviar um comentário