17.1.11

Equipa de hoje: QuickStep

Plantel:

Tom Boonen (BEL), Andy Cappelle (BEL), Dario Cataldo (ITA), Sylvain Chavanel (FRA), Gerald Ciolek (ALE), Francesco Chicchi (ITA), Marc de Maar (HOL), Kevin de Weert (BEL), Dries Devenyns (BEL), Addy Engels (HOL), Nikolas Maes (BEL), Davide Malacarne (ITA), Jerome Pineau (FRA), Francesco Reda (ITA), Frederique Robert (BEL), Kevin Seeldrayers (BEL), Andreas Stauff (ALE), Niki Terpstra (HOL), Jan
Tratnik (ESL), Kevin van Impe (BEL), Guillaume van Keirsbulck (BEL), Kristof Vandewalle (BEL) e Julian Vermote (BEL).



No futuro estarão nas primeiras posições em...

Provas por etapas – Kevin Seeldrayers

Montanha – Kevin Seeldrayers

Contra-relógios – Guillaume van Keirsbulck, Julian Vermote

Sprints – Gerald Ciolek, Nikolas Maes, Frederique Robert, Andreas Stauff

Clássicas da Primavera – Nikolas Maes, Frederique Robert, Guillaume van Keirsbulck

Clássicas das colinas – Gerald Ciolek, Davide Malacarne, Jan Tratnik, Julian Vermote



No ano passado provaram que não são tão dependentes de Boonen

Tom Boonen é um ciclista de renome internacional, lider por natureza, de grande valia que vale contratos publicitários e dinheiro, muito dinheiro e retorno em quem nele investe. Em Bélgica, não existirá ciclista local mais adorado que ele na actualidade e, por isso, num pais de tradição de ciclismo, só o facto de ter na equipa,a figura de Tom Boonen, assegura, irremediavelmente, retorno do investimento. Só que depois de várias épocas de alto nivel, em que conseguiu numerosas vitórias, seja em clássicas seja nas grandes voltas, no ano passado teve a época menos conseguida, resultado, sobretudo, de algumas lesões. Face ao descrito, o que se discutia era que dentro da equipa não existia outros ciclistas capazes nem a nivel desportivo nem a nivel publicitário de minimizar o facto de Boonen não apresentar resultados. O que não aconteceu. O que à partida seria considerada de uma equipa fraca que não conseguiria atingir sucessos e grandes resultados, revelou o inverso. É certo que nas clássicas mais importantes não tiveram qualquer vitória mas conseguiram sucessos nas três grandes voltas, com duas vitórias no Giro e no Tour, e uma vitória na Vuelta, e venceram a Volta a Bélgica, objetivo importante dentro da equipa, além de ter na equipa o campeão nacional belga, Stijn Devolder. Tiveram menos vitórias do que em qualquer outro ano, mas parte delas foram de importância extrema, seja do ponto de vista desportivo como financeiro. Espera-se que Tom Boonen consiga um ano de 2011 com melhores resultados do que obtido no passado, porque este último ano foi um dos menos conseguidos. Em baixo, estarão as vitórias obtidas pela equipa e pelo belga e, à frente, está a percentagem de vitórias de Boonen no total de vitórias da equipa, de forma a medir a importância do ciclista a cada ano, no que diz respeito, ao nivel desportivo.

2010 - 17 vitórias (4 vitórias de Boonen) 23,5%


2009 – 24 vitórias (7 vitórias de Boonen) 29,1%


2008 – 45 vitórias (15 vitórias de Boonen) 33,3%


2007 – 38 vitórias (11 vitórias de Boonen) 28,9%


2006 – 45 vitórias (21 vitórias de Boonen) 46,7%


2005 – 37 vitórias (14 vitórias de Boonen) 37,8%



Muitos "sprinters" podem garantir mais vitórias que geram maior retorno


Não sei se está relacionado com este motivo, mas o facto de ter sido uma das épocas com menos vitórias conseguidas pela equipa, fez com que a aposta da equipa neste defeso se virasse para os "sprinters". Apostam, sobretudo, em ciclistas jovens para todo o tipo de provas mas será ao "sprint" e nas clássicas, onde poderão conseguir os melhores resultados. E nunca tinha visto tantos "sprinters" na equipa de Patrick Lefevre como este ano. Além do habitual Tom Boonen, contrataram Francesco Chicchi, Gert Steegmans e Gerald Ciolek, além do alemão Andreas Stauff, que no ano passado já apresentou alguns bons resultados e este ano, poderá ser o ano da sua afirmação. São muitos "galos" para o mesmo poleiro, mas ainda assim alguns destes ciclistas como os belgas Boonen e Steegmans poderão apostar mais nas clássicas no inicio de época do que estar em forma nas chegadas massivas. Com todo este arsenal, a equipa tem mais que condições para conseguir mais de 30 vitórias ao longo do ano. Por isso, tem as condições necessárias para que consigam atingir masi vitórias do que nestes últimos anos, além dos consequentes prémios monetários e retorno publicitário que garantem para a equipa.



Kevin de Weert poderá ser aposta consistente nas grandes voltas?


Sem grandes vitórias no campo profissional e sempre com um percurso discreto pelas equipas por onde passou, o belga é um dos melhores ciclistas do seu país para as grandes voltas, face aos resultados obtidos em 2009, na Vuelta, com um 20º lugar e, principalmente, com um 18º posto no Tour. É um ciclista completo, bastante regular durante toda uma prova, sem comprometer muito nas etapas onde poderia deixar escapar tempo importante para uma boa classificação. Nas montanhas consegue melhores resultados nas subidas mais extensas do que nas subidas mais inclinadas, além de se conseguir defender nos contra-relógios. Dentro da equipa da QuickStep, só Kevin Seeldrayers será capaz de garantir uma classificação de nivel em qualquer grande volta, como Kevin de Weert, já fez por duas ocasiões. Por isso mesmo, têm que apostar em ambos os ciclistas porque mostraram que conseguem ser dos melhores neste tipo de prova. Embora o papel de lider possa não ser atribuido a De Weert devido à preponderância de Boonen, será a aposta da equipa técnica para os lugares da geral.

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