Figura de Fevereiro
Robert Gesink (Rabobank)
Este mês que passou não houve um ciclista que se tenha destacado dos demais de sobremaneira, mas quero apenas destacar a prestação do jovem ciclista holandês na prova de Omã. Venceu a classificação geral que era algo previsivel, face aos outros candidatos que na alta montanha não tinham argumentos contra o ciclista da Rabobank. Mas ele surpreendeu tudo e todos no contra-relógio de 19 quilómetros, ao ser vencedor dessa mesma tirada, face a outros ciclistas candidatos, como Cancellara ou Boasson Hagen. É certo que o contra-relógio tinha subidas e que não fosse perder muito tempo mas não faria prever que conseguisse vencer essa mesma etapa. São indicios de uma boa forma neste inicio de época e pode estar em muito bom nivel na Tirreno-Adriático, em meados de Março, além de que irá estar presente nas clássicas das Ardenas, onde será um dos principais candidatos à vitória em alguma dessas clássicas.
Revelação de Fevereiro
Markel Irizar (Radio Shack)
Já é um ciclista veterano, mas não deixa de ser uma revelação neste mês, ao ser consagrado vencedor final da Volta a Andaluzia. Tem 31 anos de idade e está no seu segundo ano na equipa Radio Shack e veio à terra natal para ajudar os lideres Leipheimer, Brajkovic e Zubeldia a vencer a prova. É especialista no contra-relógio e o prólogo inicial da prova serviu para mostrar a sua qualidade ao ficar atrás do vencedor por décimas de segundo, na segunda posição. Mas a etapa seguinte veio fazer com que a frustração do dia anterior se tornasse numa contentamento por chegar à camisola amarela. Não só foi uma revelação porque conseguiu manter-se com os da frente na etapa de montanha, como a própria manutenção da camisola amarela, que poderia estar em perigo em algumas das chegadas dificeis que estariam nas etapas seguintes. Nada disso. Conseguiu manter a camisola amarela até final, o que não conseguiu fazer no ano passado, quando partiu como lider para a última etapa do Tour de Poitou Charentes e perdeu a camisola amarela na última etapa. Aliás, estas duas vitórias são as únicas que tem em toda a carreira de ciclista profissional. Não era de prever a vitória do espanhol, até porque na própria equipa tem valores mais capazes mas é, inteiramente, justa.
Equipa de Fevereiro
Rabobank
Tem dos melhores elementos em cada especialidade e conseguiu demonstrá-lo durante este mês de Fevereiro. Venceram ao "sprint", clássicas, em etapas de montanha e até contra-relógios. Aliam a experiência com a juventude mas todos os ciclistas, mantêm a ambição de atacar e de vencer. Num total de 10 vitórias por parte da equipa ProTeam, 9 foram conseguidas neste mesmo mês. Nas duas competições no médio oriente, Lars Boom conseguiu vencer o prólogo do Tour do Qatar e Theo Bos venceu duas etapas ao "sprint" no Tour de Omã, onde Gesink venceu a classificação geral, porque venceu as etapas mais importantes da prova, a chegada em alto e o contra-relógio da competição. Oscar Freire venceu as duas últimas etapas da Volta a Andaluzia. Sebastian Langeveld demonstrou a capacidade que tem nas clássicas e venceu a Omloop Het Nieuwsblad, a clássica de abertura da Bélgica. Uma coisa é certa, a equipa holandesa ainda vai ter muitas vitórias durante este ano porque tem um conjunto competitivo, de grande qualidade e muito consistente em qualquer terreno. A confirmar nos próximos meses.
Nação de Fevereiro
França
Está a ser um dos melhores inicios de época de frente. Os franceses não estando a dominar nas principais corridas do calendário internacional, estão muito activos, dinâmicos e competitivos e essa nova atitude favorece o aparecimento de melhores resultados no geral, nas provas de maior dimensão e, sobretudo, nas provas do seu calendário. Para já, contam com 24 vitórias num inicio de época fulgurante e um dado que representa esse dominio é o facto de até agora, apenas um ciclista estrangeiro ter vencido uma etapa do calendário profissional francês. O bielorusso Yauheni Hutarovich que representa uma equipa francesa (FDJ), foi o vencedor da primeira etapa da Etoile Besseges e o único ciclista estrangeiro a conseguir vencer. Para isso contribui a boa forma dos "sprinters" franceses, além de que têm algumas vitórias em provas de menor dimensão, onde os francófonos são o chamariz dessa mesma competição onde se vão deslocar. Este mês, os franceses venceram por 21 ocasiões. A tendência nestes últimos anos tem sido de crescimento, veremos se se mantém nos próximos anos.
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