1.3.11

Destaques do mês de Fevereiro

Figura de Fevereiro
Robert Gesink (Rabobank)
Este mês que passou não houve um ciclista que se tenha destacado dos demais de sobremaneira, mas quero apenas destacar a prestação do jovem ciclista holandês na prova de Omã. Venceu a classificação geral que era algo previsivel, face aos outros candidatos que na alta montanha não tinham argumentos contra o ciclista da Rabobank. Mas ele surpreendeu tudo e todos no contra-relógio de 19 quilómetros, ao ser vencedor dessa mesma tirada, face a outros ciclistas candidatos, como Cancellara ou Boasson Hagen. É certo que o contra-relógio tinha subidas e que não fosse perder muito tempo mas não faria prever que conseguisse vencer essa mesma etapa. São indicios de uma boa forma neste inicio de época e pode estar em muito bom nivel na Tirreno-Adriático, em meados de Março, além de que irá estar presente nas clássicas das Ardenas, onde será um dos principais candidatos à vitória em alguma dessas clássicas.

Revelação de Fevereiro
Markel Irizar (Radio Shack)
Já é um ciclista veterano, mas não deixa de ser uma revelação neste mês, ao ser consagrado vencedor final da Volta a Andaluzia. Tem 31 anos de idade e está no seu segundo ano na equipa Radio Shack e veio à terra natal para ajudar os lideres Leipheimer, Brajkovic e Zubeldia a vencer a prova. É especialista no contra-relógio e o prólogo inicial da prova serviu para mostrar a sua qualidade ao ficar atrás do vencedor por décimas de segundo, na segunda posição. Mas a etapa seguinte veio fazer com que a frustração do dia anterior se tornasse numa contentamento por chegar à camisola amarela. Não só foi uma revelação porque conseguiu manter-se com os da frente na etapa de montanha, como a própria manutenção da camisola amarela, que poderia estar em perigo em algumas das chegadas dificeis que estariam nas etapas seguintes. Nada disso. Conseguiu manter a camisola amarela até final, o que não conseguiu fazer no ano passado, quando partiu como lider para a última etapa do Tour de Poitou Charentes e perdeu a camisola amarela na última etapa. Aliás, estas duas vitórias são as únicas que tem em toda a carreira de ciclista profissional. Não era de prever a vitória do espanhol, até porque na própria equipa tem valores mais capazes mas é, inteiramente, justa.

Equipa de Fevereiro
Rabobank 
Tem dos melhores elementos em cada especialidade e conseguiu demonstrá-lo durante este mês de Fevereiro. Venceram ao "sprint", clássicas, em etapas de montanha e até contra-relógios. Aliam a experiência com a juventude mas todos os ciclistas, mantêm a ambição de atacar e de vencer. Num total de 10 vitórias por parte da equipa ProTeam, 9 foram conseguidas neste mesmo mês. Nas duas competições no médio oriente, Lars Boom conseguiu vencer o prólogo do Tour do Qatar e Theo Bos venceu duas etapas ao "sprint" no Tour de Omã, onde Gesink venceu a classificação geral, porque venceu as etapas mais importantes da prova, a chegada em alto e o contra-relógio da competição. Oscar Freire venceu as duas últimas etapas da Volta a Andaluzia. Sebastian Langeveld demonstrou a capacidade que tem nas clássicas e venceu a Omloop Het Nieuwsblad, a clássica de abertura da Bélgica. Uma coisa é certa, a equipa holandesa ainda vai ter muitas vitórias durante este ano porque tem um conjunto competitivo, de grande qualidade e muito consistente em qualquer terreno. A confirmar nos próximos meses.

Nação de Fevereiro
França 
Está a ser um dos melhores inicios de época de frente. Os franceses não estando a dominar nas principais corridas do calendário internacional, estão muito activos, dinâmicos e competitivos e essa nova atitude favorece o aparecimento de melhores resultados no geral, nas provas de maior dimensão e, sobretudo, nas provas do seu calendário. Para já, contam com 24 vitórias num inicio de época fulgurante e um dado que representa esse dominio é o facto de até agora, apenas um ciclista estrangeiro ter vencido uma etapa do calendário profissional francês. O bielorusso Yauheni Hutarovich que representa uma equipa francesa (FDJ), foi o vencedor da primeira etapa da Etoile Besseges e o único ciclista estrangeiro a conseguir vencer. Para isso contribui a boa forma dos "sprinters" franceses, além de que têm algumas vitórias em provas de menor dimensão, onde os francófonos são o chamariz dessa mesma competição onde se vão deslocar. Este mês, os franceses venceram por 21 ocasiões. A tendência nestes últimos anos tem sido de crescimento, veremos se se mantém nos próximos anos.

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